HISTÓRICO DA UCMG – União Colegial de Minas Gerais
O movimento estudantil na era Vargas
A partir da Revolução de 1930, a politização do ambiente nacional levou os estudantes a tomarem parte na Revolução Constitucionalista de São Paulo e a formarem organizações como a Juventude Comunista e a Juventude Integralista. Em 1937, foi criada a União Nacional dos Estudantes (UNE). Na década de 40, era o grande marco na luta contra o nazi-fascismo em 21 de Abril de 1944 é fundada a UCMG (União Colegial de Minas Gerais).
21 de Abril de 1944 – É fundada a União Colegial de Minas Gerais na cidade de Ouro Preto tendo como seu patronomo Tiradentes;
1945- A criação da UDN (União Democrática Nacional)cria crise no movimento estudantil, até então unificado;
1945 a 1964 – O movimento estudantil no período democrático
Nesse período, a entidade liderou campanhas nacionais contra a alta do custo de vida e em prol da indústria siderúrgica nacional e do monopólio estatal do petróleo (campanha O Petróleo É Nosso).
A criação do Centro Popular de Cultura, a Fundação da casa do estudan
1946- Campanha contra a Carestia e Cambio Negro, a UCMG participa do primeiro congresso de estudantes secundaristas de São Paulo;
1947- Lançamento da Campanha “O PETROLEO É NOSSO!”;
1948- A UCMG participa do 1º Congresso Brasileiro pela Paz e reprimir protestos estudantis contra o aumento do preço das passagens dos bondes;
1948 – A UCMG participa da Passeata do petróleo é nosso no Rio. O ex-presidente Artur Bernades participa;
1948- A UCMG e a UPES-Paraná são às únicas entidades presentes que estão atuando até os dias de hoje no congresso de fundação da UBES, em congresso no Rio, com o nome UNES (a sigla mudará no 2º congresso para não confundir com a UNE). O 1º pres. É Luiz Bezerra de Oliveira Lima, do ES;
1950- Newton Cardoso é eleito presidente da UCMG e funda a casa do estudante da UCMG;
1952- A UCMG incorpora campanha de criação da Petrobras;
1954- Estudantes Mineiros realizam passeatas contra fraude nos exames;
1956- A UCMG participa da fundação da União Operária Estudantil contra a carestia no Rio de Janeiro;
1961- São Criados os Centros Populares de Cultura o CPC;
1962 – A sede da UBES e da UNE é metralhada por movimentos anti-comunistas no Rio de Janeiro e entidades como a UCMG vão para as ruas em defesa da entidade irmã;
1964- A sede da UBES e da UNE é incendiada pela ditadura militar no Rio de Janeiro, e casa do estudante (mofussi), a casa de odontologia da UCMG e a sede política da entidade foram tomadas pela ditadura militar;
1964- A UCMG e todas as entidades estudantis são colocadas na ilegalidade pela lei Suplicy de lacerda no dia 09 de novembro, todas as instancias de representação estudantil ficam na mão do MEC;
1965 a 1974-
O movimento estudantil no período da ditadura militar
Esse período foi caracterizado pela luta contra a ditadura militar e pelo retorno às liberdades democráticas
1965- Entidades estudantis realizam passeatas contra a lei Suplicy de Lacerda;
1966 a 1973- Periodo da Ielegalidade;
1966- Uma passeata da UCMG e da UEE-MG em Belo Horizonte é brutalmete reprimida, e desencandeia passeatas estudantis em outros estados;
1966- Mesmo na ilegalidade, é realizado o XXVIII Congresso da UNE, em Belo Horizonte, que marca a oposição da entidade ao Acordo MEC-Usaid. O congresso acontece no porão da Igreja de São Francisco de Assis. O mineiro José Luís Moreira Guedes é eleito presidente da UNE, a UCMG tem participação destacada na construção do congresso;
1966- É decretada greve geral dos estudantes, e dia 22 de março é decretado o Dia Nacional de Lutas contra a ditadura militar, a UCMG realida um ato político na praça sete de setembro;
28/03/1968- O estudante Edson Luís Lima Souto é morto durante uma manifestação contra o fechamento do restaurante Calabouço.
No dia seguinte, cerca de 50 mil pessoas participam do cortejo fúnebre, a UCMG leva uma caravana de 5 ônibus ao Rio de Janeiro.
1968- É realizada a passeata dos Cem Mil e a UCMG realiza uma grande caravana;
13/12/1968- É decretado o AI-5 e os centros civicos substituem os grêmios estudantis;
1970- Com quase todas as lideranças presas ou exiladas, o movimento estudantil realiza atos isolados, dentre eles uma missa pelo segundo aniversário da morte de Edson Luís;
1974 a 1984 – O movimento estudantil na dimenção política
Favoreceu o contexto de "abertura lenta e gradual" iniciada por Ernesto Geisel (1974-1979) e aprofundada por João Batista Figueiredo (1979-1985).
1977- Os estudantes mineiros incentivados pela UCMG, voltam as ruas contra a ditadura militar;
1980- O prédio que sediou a UBES e a UNE até 1964, no Rio de Janeiro, é demolido por ordem do presidente João Batista Figueiredo;
1984- Inicia a campanha das Diretas – Já, a UCMG participa ativamente;
1984- A UCMG apoia a candidatura de Tancredo Neves a presidência da republica e sai vitorioza;
1984- É aprovada a lei do voto aos 16 anos e a UBES e a UCMG realizam a 1ª campanha “Se Liga 16!';
1984- dias atuais- O movimento estudantil na democracia
Desde a segunda metade da década de 80, com a posse do primeiro presidente civil desde 1964 e com o retorno às liberdades democráticas no país, o movimento estudantil brasileiro foi lentamente recuperando seu lugar e sua importância na política nacional. O grande destaque desse período foi a campanha pelo impeachment do presidente Fernando Collor, marcada pelas grandes manifestações de rua lideradas pelos estudantes "caras-pintadas.
1985 – Os centros cívicos são extintos e é permitida a reorganização dos grêmios estudantis;
04/11/1985- É sancionada a lei do grêmio livre;
1992- A UCMG realiza grandes passeatas pelo impeachment do presidente Fernando Collor de Melo, lançando o famoso movimento dos caras pintadas;
1993- UCMG realiza passeatas pelo meio-passe em Minas Gerais, iniciando uma sequência de mobilizações initerruptas até os dias de hoje;
1997- A UCMG realiza campanha “Sou da Paz” pelo desarmamento;
2003- É reconstruida a UCMG na cidade de Nova Lima, elegendo Viviene Xavier como presidente da entidade;
2004- Caravana da UCMG pela “Nova Escola”, a caravana percorre as principais cidades do estado;
2005- É reconstruido o grêmio estudantil do Estadual Central;
2005- Congresso da UCMG na cidade de Contagem elege Aline Martins presidente da UCMG e reelembra importantes presidentes da entidade como Newton Cardoso(ex-governador de Minas Gerais), Ângelo Osvaldo(prefeito de Ouro Preto) e Adalclever Lopes (Deputado Estadual);
22/03/2006- Dia de lutas pelo passe-estudantil;
2007- Congresso da UCMG em Juiz de Fora elege o atual presidente da UCMG Flávio Nascimento (panetone);
28/03/2008- 40 anos da morte de Édson Luiz, UCMG realiza várias passeatas no estado e mobiliza mais de 25 mil estudantes;
24/04/2008- 5 mil estudantes nas ruas de Montes Claros, repressão da polícia e 14 lideranças estudantis, entre elas o presidente da UCMG são presos por 12 horas;
05/07/2008- É reconstruida a glorioza União Municipal dos Estudantes Secundaristas de Belo Horizonte (UMES/BH), elegendo o estudante Paulo Cezar;
2009- Ano de comemoração dos 65 anos da UCMG.
